Outros Direitos

União Estável

Conheça a sua importância para os pedidos de pensão, os critérios exigidos e como comprovar.

Qual a importância da união estável na pensão?

Direito à Pensão: na concessão da Pensão, no grupo prioritário ao benefício consta o companheiro e a companheira, inclusive os homoafetivos.

INSS - Pensão por Morte - Familiares que têm direito. Classe Prioritária: 1) Cônjuge ou Companheiro (Incluindo homoafetivo); 2) Filhos menores de 21 anos (Desde que não emancipado; Continuam a ter direito após 21 anos se inválidos ou com deficiência intelectual ou deficiência grave). Classe 2: 3) Pais. Classe 3: 4) Irmãos menores de 21 anos (Continuam a ter direito mesmo após 21 anos se inválidos ou com deficiência intelectual ou deficiência grave).

Companheiros e Parceiros Homoafetivos: o critério observado para obtenção da Pensão é a verificação se o casal mantinha uma União Estável com o segurado falecido ao tempo do óbito.

A causa mais comum de indeferimento do pedido de Pensão por Morte pelo INSS e o RioPrevidência é o não reconhecimento administrativo da União Estável, ainda que apresentadas numerosas provas, o que, via de regra, costuma ser revertido no âmbito de ação judicial.

O que é a União Estável?

União Estável: ocorre quando existe um relacionamento amoroso sólido, contínuo, público e que tem o objetivo de constituir uma família (também chamado de “convivência more uxório”), com os seguintes requisitos:

  • Público: casal deve ter demonstrado publicamente uma vida de como se fossem casados.
  • Contínuo: relacionamento deve ter tido uma sequência, não havendo inúmeras idas e vindas entre o casal por um período extenso.
  • Duradouro: casal deve ter tido uma união que tenha durado certo período, com o objetivo de constituir uma família juntos.

União Formalizada: por vezes, antes do falecimento, o casal celebra escritura pública declaratória de União Estável, declaração especial feita perante tabelião em cartório.

Residência Conjunta: não existe a necessidade do casal morar na mesma casa para configurar a União Estável, pois este não é um requisito obrigatório. Contudo, se o casal residiu na mesma casa se torna mais fácil o reconhecimento da União Estável.

Como comprovar a União Estável?

Comprovação União Estável: para concessão da Pensão por Morte é necessária a demonstração da relação ao tempo do óbito, além de se fazer prova de que o alegado companheiro era de fato companheiro. Não é suficiente a mera existência de um relacionamento amoroso e afetivo para que se tenha por configurada uma União Estável.

Documentos: quanto mais documentos apresentados, melhor. As documentações usualmente utilizadas para comprovar a União Estável são:

  • Fotos do casal junto
  • Depoimento de testemunhas
  • Declaração de Imposto de Renda constando o companheiro como dependente;
  • Disposições testamentárias;
  • Certidão de nascimento de filho havido em comum;
  • Certidão de Casamento Religioso;
  • Prova de mesmo domicílio (contas domésticas no nome de ambos);
  • Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
  • Conta bancária conjunta;
  • Registro em associação de qualquer natureza onde conste o companheiro como dependente
  • Apólice de seguro da qual conste o companheiro como beneficiário
  • Ficha de tratamento em instituição de assistência médica na qual conste o companheiro como responsável
  • Certidão de óbito constando que foi o companheiro quem declarou o falecimento do companheiro
  • Cadastro no CadÚnico, com nome dos cônjuges
  • Cartas pessoais de amor escritas à mão
  • Conversas do WhatsApp
  • Comprovantes das hospedagens nas viagens entre o casal
  • Contrato de locação de imóvel com nomes dos cônjuges
  • Recibo de pagamento de urna e despesas de sepultamento

Mais de Uma União Estável: a justiça não costuma entender como possível o reconhecimento da coexistência de Uniões Estáveis concomitante para fins previdenciários. Portanto, não há possibilidade de uma pessoa casada buscar o reconhecimento da União Estável com outro companheiro.

  • Relação Extraconjugal: o concubinato de longa duração não gera direito à Pensão por Morte, ainda que tal relacionamento tenha durado longo período de tempo e com aparência familiar.
Frequentemente os Órgãos negam o pedido de Pensão da companheira quando o falecido era casado no papel com uma ex-mulher. Nestes casos, via de regra, é necessário ingressar na justiça para comprovar que o casamento anterior havia sido desfeito, apesar de não ter se formalizado o divórcio.

Inss - Cuidado com os erros do INSS. Caso seu pedido seja indeferido ou seja concedido com valor baixo, você pode recorrer à justiça. Notícia extra: INSS é a instituição mais processada do país, com quase quatro milhões de ações judiciais

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Regramentos resumidos acima derivam da Lei nº 9.278, de 10/05/1996 (Regula o § 3° do art. 226 da Constituição Federal), Decreto nº 10.410, de 30/06/2020 (Altera o regulamento da previdência social) e da Instrução Normativa do INSS nº 77, de 21/01/2015.